Desenvolvimento de um novo desenho de pilar cone-morse para facilitar a reabilitação protética: análise experimental in vitro em coroas cimentadas

Desenvolvimento de um novo desenho de pilar cone-morse para facilitar a reabilitação protética: análise experimental in vitro em coroas cimentadas

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AUTOR

Sérgio Alexandre Gehrke
Diretor da Cátedra de Biotecnologia – Universidade Católica de Murcia; Professor catedrático – Universidade Católica San Antônio de Murcia; Depto. de Pesquisa – Centro de Pesquisas Biotecnos.
Orcid: 0000-0002-5863-9101.


RESUMO

Objetivo: o objetivo desse estudo foi avaliar a resistência à tração de coroas metálicas cimentadas sobre dois diferentes modelos de pilares cone-morse, avaliados com e sem a aplicação de ciclagem mecânica. Material e métodos: dois grupos foram formados (n=12 amostras por grupo): grupo-controle (CON), pilares convencionais com 11,42° de angulação na porção cimentável do pilar; e grupo-teste (TES), pilares Ideale com 5° de angulação na porção cimentável do pilar. Para cada amostra, foi encerada uma coroa metálica, fundida (liga de Ni-Cr) e cimentada (fosfato de zinco, carga de 6 Kfg por cinco minutos) sobre os respectivos pilares torqueados com 25 N. Seis amostras de cada grupo foram submetidas ao ensaio de ciclagem mecânica a 300.000 ciclos em uma frequência de 4 Hz. Após isso, todas as amostras de ambos os grupos foram submetidas ao ensaio de tração para a remoção das coroas. Resultados: os valores de resistência à tração sem aplicação de ciclagem mecânica foram: grupo CON de 140,22 ± 16,50 N; grupo TES de 250,97 ± 17,34 N. Nas amostras que receberam fadiga cíclica, os valores foram: grupo CON de 124,33 ± 13,52 N; grupo TES de 235,33 ± 13,81 N. Estatisticamente, houve uma diferença significativa entre os dois grupos em ambas as situações testadas (p < 0.05). Conclusão: pilares para implantes cone-morse Ideale, com menor angulação da parte cimentável, mostraram maiores valores de retenção das coroas cimentadas, com e sem a aplicação de cargas cíclicas, quando comparados aos pilares convencionais.

Palavras-chave – Implantes dentários; Resistência à tração; Abutment; Cone-morse; Ciclagem mecânica.


ABSTRACT

Objective: the objective of this study was to evaluate the tensile strength of cemented metallic crowns on two different models of Morse taper abutments, evaluated with and without the application of mechanical cycling. Material and methods: two groups were formed (n=12 samples per group): control group (CON group), conventional abutments with an angle of 11.42° in the cementable portion and, test group (TES group), Ideale abutments with 5° angulation in the cementable portion. For each sample, a metallic crown, cast (Ni-Cr alloy) and cemented (zinc phosphate, load of 6 Kfg for 5 minutes) was waxed on the respective abutment already torqued at 25 Ncm. Six samples from each group were subjected to the mechanical cycling test at 300.000 cycles at a frequency of 4 Hz. After that, all samples from both groups were subjected to the tensile test to remove the crowns. Results: the values of tensile strength without application of mechanical cycling were: CON group of 140.22 ± 16.50 N and, in the TES group of 250.97 ± 17.34 N; while in the samples that received cyclic fatigue the values were: CON group of 124.33 ± 13.52 N and, in the TES group of 235.33 ± 13.81 N. There was a statistically significant difference between the two groups in both situations tested (p < 0.05). Conclusion: abutments Ideale for Morse taper implants, with lower angle of the cementable part, showed higher retention values of cemented crowns without and with the application of cyclic loads when compared to conventional abutments.

Key words – Dental implants; Tensile strength; Abutment; Morse taper; Mechanical cycling.


Recebido em jan/2020
Aprovado em jan/2020