SIN Implant System mostra força estratégica
Felipe Leonard, CEO da SIN Implant System.

SIN Implant System mostra força estratégica

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Esta entrevista foi gravada em 1 de fevereiro de 2020 e, portanto, os comentários e projeções não consideram o impacto econômico da pandemia de Covid-19.

Os bons resultados colhidos nos últimos anos impulsionam os planos da SIN Implant System para 2020.


Reportagem: Adilson Fuzo

Texto: Andressa Trindade

Para crescer, é preciso estar organizado, além de estudar e entender todas as frentes que influenciam e compõem as variáveis do negócio: contexto econômico, perfil do cliente, engajamento interno, entre outros fatores. É com base nesse tipo de análise – concreta, planejada e eficaz – que Felipe Leonard, CEO da SIN Implant System, fala sobre o desenvolvimento da empresa nos últimos anos.

A companhia vem passando por um momento positivo de aceleração e crescimento – cenário que foi fundamentado em quatro pilares, sendo um deles a inovação de produtos. “Dedicamos tempo para estudar tudo o que existe no exterior, conseguindo isolar o melhor e o pior de cada produto, e assim fazer uma síntese muito boa concentrada no mundo digital”, revela.

Outro ponto-chave é a gestão interna, com investimento contínuo em modernização de sistemas de informação para ajudar no processo de venda, gestão, controle e governança. “Estamos trabalhando na cultura interna do time, com foco na melhoria contínua de processos, olhar cuidadoso aos indicadores e estabelecimento de padrões”, diz o CEO.

Leonard também destaca a internacionalização da SIN. “Estamos presentes em 23 países, o que nos torna um player global e nos permite, por exemplo, levar clientes a grandes eventos e para cursos de formação no exterior, como Alemanha, Portugal e Estados Unidos”, detalha.

Mas, um dos pilares mais importantes foi a transformação do mindset em relação à futura defasagem das dinâmicas B2C e B2B. “Estamos entrando na era do H2H (human to human) e acreditamos no poder e no diferencial das pessoas na empresa. A tecnologia domina cada vez mais os trabalhos rotineiros e mecânicos, abrindo espaço para o ser humano colocar em prática seus atributos mais elevados, como criatividade, ética e trabalho em equipe”, afirma.

A SIN tem orgulho de estar presente em cursos de formação, apoiando a nova geração de profissionais de Odontologia. “Temos um vínculo muito estreito com o segmento da educação em Implantodontia, o que, naturalmente, faz com que muitos dos recém-formados adotem nosso sistema”, explica.

Falando sobre turnover de sistemas, o CEO observa que não é um movimento tão comum. “Vemos que entre 60% e 70% dos profissionais utilizam vários sistemas de fabricantes distintos. Justamente por isso é importante ter um time de vendas que consegue entender em profundidade a necessidade de cada cliente. Temos um discurso coerente para transformarmos vendedores em verdadeiros consultores dos dentistas”, expõe.

A companhia ainda investe em processos que visam profissionalizar cada vez mais a operação do pós-venda para mapear o mercado e abrir a oportunidade de comunicação com o cliente, ouvindo sua opinião sobre produtos e serviços.

PRESENÇA DE PONTA A PONTA

Em 2019, a empresa cresceu 25%, enquanto o resultado financeiro teve um incremento médio de 40% – o que, segundo Leonard, significa uma clara melhora tanto da produtividade quanto da receita. Essas taxas foram bastante similares, nacional e internacionalmente, porém a plataforma internacional sugere que no futuro o maior crescimento vai ser fora do Brasil. “Para 2020, estamos prevendo um crescimento na casa dos 50% no exterior. No Brasil, nossa previsão é crescer 25%, sendo que aqui já temos um market share de 22% a 25%”, explica.

A empresa se prepara para crescer após a expansão da sua planta – uma nova fábrica que ficará ao lado da atual, localizada na zona leste de São Paulo. Esse é um investimento para os próximos três anos, com o objetivo de duplicar a capacidade produtiva.

No que diz respeito às estratégias comerciais para impulso das vendas, o CEO comenta que o processo de definições estratégicas é bastante estruturado, com reuniões periódicas com conselheiros e membros dos fundos de investimento de fora do Brasil. Isso é importante para manter a identidade da empresa e a fidelidade da história construída até aqui e, ao mesmo tempo, absorver todas as oportunidades de crescimento que um investimento externo é capaz de fornecer. “Esse legado nos estimula, por exemplo, a herdar agilidade, proximidade e olfato aguçado para esse mercado, enquanto também trabalhamos para potencializar a governança, os incentivos e as certificações. O pior que pode acontecer quando uma empresa recebe fundos de corporações maiores é se engessar e colocar a perder tudo o que já construiu até ali”, comenta.