As 11 Aulas Magnas do IN 2019 colocaram frente a frente a nova geração de reabilitadores e os mestres que fazem parte da história da Implantodontia nacional.
Por Flavius Deliberalli
e Renata Putinatti
Grandes nomes da Odontologia compartilharam vivências e experiências que envolvem a reabilitação oral com implantes através de uma série consistente composta por 11 Aulas Magnas durante o IN 2019. A proposta dessa atividade foi colocar frente a frente a nova geração de reabilitadores e os mestres que fazem parte da história da Implantodontia nacional.
Apresentando considerações sobre implantes imediatos, com ênfase na importância da estabilidade primária no prognóstico e tratamento cirúrgico protético, Laércio W. Vasconcelos ministrou a primeira aula da série. Ele destacou que a colocação de implantes pós-extração, com complemento de enxerto ósseo ou gengival, passou a ser uma necessidade clínica imprescindível, mesmo diante de situações com muitas variáveis.
Geninho Thomé falou sobre opções cirúrgicas e protéticas para a reabilitação de arcos totais com um número mínimo de implantes dentários. O professor relacionou cuidados pré, trans e pós-operatório, bem como diferentes fluxos de trabalho (digital ou convencional) aplicados com sucesso para a reabilitação de arcos totais maxilares e mandibulares em diferentes graus de atrofia óssea.
O que aprendemos com as complicações das reconstruções ósseas em Implantodontia? Este foi o principal ponto levantado por Wilson Sendyk, que descreveu com detalhes as complicações mais frequentes que podem ocorrer durante a terapia reconstrutiva, analisando causas e procedimentos que devem ser adotados. A apresentação teve atenção especial
às complicações nas áreas receptoras e doadoras.
Em mais uma das aulas magnas, Carlos Eduardo Francischone destacou questionamentos e soluções na Implantologia através de seis tópicos principais, como os motivos para a remodelação óssea peri-implantar cervical; as possibilidades e a previsibilidade no uso de dois sistemas diferentes de conexão de pilares em próteses fixas; as diferenças no comportamento das próteses parafusadas diretamente nos implantes, conforme os tipos de conexão implante/pilar protético; a oclusão de próteses unitárias e parciais fixas sobre implantes; a estabilidade terciária como fator decisivo para a longevidade da osseointegração; e a osteotomia do rebordo alveolar da maxila para otimizar a resolução protética, estética e funcional.
Arthur B. Novaes Jr. avançou com profundidade em direção a aspectos relacionados à prevenção e tratamento da peri-implantite. Ele compartilhou opções de tratamentos atuais para o controle da infecção e as razões biológicas para o uso de regeneração óssea guiada.
Com base em pesquisa e investigação científica com foco clínico, Carlos Araújo projetou expectativas sobre os novos tipos de implantes. Ao longo da apresentação, o professor ressaltou a linha de pesquisa desenvolvida por seu grupo, para ajudar os clínicos na tomada de decisão sobre técnicas e materiais.
Já os franceses Joseph Choukroun e Elisa Choukroun discutiram as principais mudanças e as novas práticas clínicas que devem ser adotadas pelos reabilitadores orais em seus procedimentos cirúrgicos para evitar o estresse oxidativo. O planejamento reabilitador e as novas tecnologias deram o tom na aula ministrada por Dario Adolfi. Ele abordou os avanços na capacidade de diagnóstico, a evolução dos equipamentos de fresagem e impressão, e como as tecnologias digitais podem melhorar a qualidade e produtividade na clínica diária. Outro ponto da discussão foram as limitações de técnicas reabilitadoras e os materiais disponíveis a partir das novas tecnologias.
José Carlos M. da Rosa levou ao debate a combinação das técnicas de restauração dentoalveolar imediata (RDI) e osseodensificação, que permitem a instalação do implante com provisionalização imediata em sítios com pouco osso remanescente em áreas pós-exodontia. Rosa destacou inúmeros casos em que a combinação das duas técnicas proporcionou maior eficiência e assertividade. Marco A. Bottino falou sobre a nova realidade na Odontologia: o protocolo digital. O experiente professor foi enfático ao dizer que a Odontologia atual está sofrendo uma grande revolução com os recursos digitais, ou seja, uma mudança total de paradigma nos planejamentos e na execução dos tratamentos.
A equipe do Ateliê Oral, representada por Marcelo Moreira, Luis Calicchio e Wagner Nhoncance, mostrou como a tecnologia está contribuindo para tratamentos estéticos na Reabilitação Oral. O foco da aula foi em como tirar o melhor proveito das novas ferramentas e otimizar resultados.