Metronidazol sistêmico adjunto à terapia não cirúrgica de peri-implantite com defeitos infraósseos: um estudo de série de casos retrospectivos

Metronidazol sistêmico adjunto à terapia não cirúrgica de peri-implantite com defeitos infraósseos: um estudo de série de casos retrospectivos

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Artigo mostra os resultados de defeitos infraósseos peri-implantares tratados não cirurgicamente com o uso adjunto de metronidazol sistêmico.

Seleção de artigos científicos de destaque publicados em periódicos de circulação internacional. Paulo Rossetti (editor científico da revista) e Rafaela Videira (doutoranda em Clínica Odontológica/Periodontia – FOP/Unicamp) fizeram uma leitura crítica e comentada como proposta para ampliar nossos conhecimentos.

Liñares A, Pico A, Blanco C, Blanco J. Adjunctive systemic metronidazole to nonsurgical therapy of peri-implantitis with intrabony defects: a retrospective case series study. Int J Oral Maxillofac Implants 2019;34(5):1237-45.

Por que é interessante: mostra os resultados clínicos e radiográficos de defeitos infraósseos peri-implantares tratados não cirurgicamente com o uso adjunto de metronidazol sistêmico, por um período de acompanhamento de 50 meses.

Desenho experimental: foram incluídos 18 pacientes diagnosticados com peri-implantite (profundidade de sondagem ≥ 5 mm com sangramento a sondagem e/ou supuração) com evidência radiográfica de defeito infraósseo > 2 mm. Um total de 25 implantes afetados recebeu uma sessão de debridamento mecânico não cirúrgico ultrassônico associado ao uso de curetas. O metronidazol sistêmico foi imediatamente prescrito por sete dias. Variáveis clínicas e radiográficas foram registradas no início e no final do acompanhamento.

Os achados: no início do tratamento, as médias do nível ósseo radiográfico e o componente infraósseo foram 4,52 ± 2,14 mm e 3,93 ± 1,51 mm, respectivamente. Após um acompanhamento médio de 54 meses, a redução média do nível ósseo radiográfico foi de 2,6 ± 0,21 mm, e o componente infraósseo de 2,85 ± 0,37 mm (p < 0,05). Observou-se uma redução média da profundidade de sondagem de 4,66 ± 1,33 mm (p < 0,05).

Conclusão: o tratamento não cirúrgico de peri-implantite, com administração adjunta de metronidazol sistêmico, mostrou-se eficaz em termos de redução da profundidade de sondagem e de defeitos radiográficos após um acompanhamento médio de 54 meses.

Veja o artigo original em: https://bit.ly/3bf0NX3